terça-feira, 21 de abril de 2009

Eu te amo

Tiraremos então meio tempo pra falar de amor. Ele virou um baralho; definido em poker ou canastra. Veja bem, meu bem. Eu acredito no amor. Acredito no seu calor e na sua grande plenitude dos gestos, sonhos e telegramas. Mas às vezes ele vira um certo tipo de status antes ocupado por outra coisa fútil qualquer. Fazer amor de falar, de fazer amor falar ou falar de fazer amor está proporcionalmente quantitativo nesse blog, ou em outro meio de comunicação, como esse fraco rearranjo de palavras. O que eu estou tentando falar é que dizer que está apaixonado é tão bonito que algumas pessoas esquecem de realmente ficarem apaixonadas. Que, me perdoem os amantes à jato, amantes de estação ou amantes de ciclo mestrual, é impossível pra mim declarar declarações declaradas de amor com 3 semanas (estou sendo gentil) de relacionamento. Até porque parece um pouco de falsidade depois que termina do mesmo jeito que começou: rápido. Pular as etapas de uma união só deixa a coisa mais efusiva e menos realista, quando você, só para demostrar seu amor escancaradamente ou por força do hábito, força um singelo "eu te amo" justamente quando percebe que pensando melhor...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Papéis da amizade.

Calma. Ela é calma. Juro! Apenas... você sabe... mulheres têm alguns problemas que a gente não entende. Eu sei. Eu sei! Mas rapaz, isso é só uma fase. É a primeira vez que ela tá assim? Não? Hum... desde quando? Hum... Faça o seguinte: Tente dar um gelo nela, fazer com que el... Como assim não consegue? Menino... cadê o amor? Esse não... o próprio?! Hum... Sei... Espera, de verdade, um pouco; O tempo resolve o pior dos problemas. Se não resolver, paciência... Como assim paciência? Ora... paciência! Calma... eu sei... Desculpa. Humhum. Humhum. Eu sei... Mais veja... Humhum. Eu só qu... humhum. Você que sabe. Eu acho que você dev... acho que vo... devia esper... humhum. Se isso não der certo fale comigo depois? Pronto. Agora se prepare pra tudo viu? Tá bom. Boa sorte. Tchau.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Bueiro

Dr. R., tendo em mãos um relatório póstumo de um paciente, além dos fatais problemas, que ia de escoriações profundas, fraturas, esmagamentos de ossos e outras estruturas vitais, notou um rabisco discreto, no final do papel: "Morreu... Mas morreu devagar. E denovo. Infelizmente, precisou falecer pra rever seus dogmas e paradigmas. Após mensuráveis 45 minutos de tentativas falhas de reanimação, entrou num certo estado de coma. Dois dias depois, milagrosamente, acorda em transe, obscuro, frio e calmo. Não que já não fosse assim, mais depois de acordado tinha potencializado esses sentimentos. Dizem que melhorou. Passou alguns dias bem, feliz. Voltou a contar piadas, voltou a fazer felicidade. Mas, a imagem da tragédia não saia da sua cabeça e tentou a todo custo esquecer. E esqueceu. Porém, novamente, a mercê do destino (irônico como sempre), caiu no bueiro. E dessa vez não aguentou. Morreu finalmente. Cair de um bueiro não deve ser nada agradável. Vá em paz, D."

domingo, 5 de abril de 2009

Ensadepe!

Enrola, sacode, devolve, perdoa... A gente sabe que não, mais vê que sim...
Eu tenho um amigo, que tem um outro amigo... que é assim: Ele sabe. Mais pensa: E se? Mais não... Então segura, enrola. Mais... e ai? Reclama e chateia... Sacode. E escuta. Escuta. E devolve. Depois reconhece tudo. Vê que realmente... Viajem.. oh! Que coisa... Mais fala e se perde na fala. Reflita. Escuta e se desculpa. Por fim, fala algo besta, contorna. E perdoa. Não a outra, se perdoa. E sempre fica nessa de enrola, sacode, devolve, perdoa. Mais também torce pra passar e passa pra torcer, mais um pouquinho, a lição. E vive. É ele vive. Mais pensa: E se? E se esgotar? Então segura, enrola...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Vida

A vida;

Depende do ritmo do humor da alma.
Pende pro pudor, ardor e resguarda.
Depende do cheiro, do gosto, do tempo.
Gosta do desgosto, sem gosto do medo.
E com seu ritmo sem gosto do tempo,
E seu humor de cheiro que resguarda,
A alma tem medo do tempo,
E a vida segue com pudor de nada.

(Danilo Cabral)


quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

E mantendo sempre o ritual de enxugar suas lágrimas, ele ia tocando a vida. Era engraçado o fato de sempre conseguir acordar feliz, de um jeito misterioso, esquecendo quase que por absoluto todos os erros, brigas, tristezas, do dia que se passou. E ele sempre que acordava se perguntava se isso era um atributo ou um defeito. Talvez fosse assim por pensar que a raiva só faz mal pra pessoa que a tem. Um modo muito bonito se de pensar, mais ao longo dos anos, tranformar qualquer tipo de rancor em indiferença só vai fazer mal pra seu juízo. Mesmo assim, acordava. E como um computador, reiniciava qualquer tipo de sentimento que sentiu. Mais sabia que só se pode firmar uma sensação numa pessoa se essa fosse diária e constante. Era assim que achava sobre o amor. Era assim que achava sobre o ódio. E eu concordo com ele.