sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Depressão


De repente, você se vê só. Têm centenas de pessoas a seu redor, mas você está só. Só com os seus pensamentos, só com suas angústias, só com seus problemas. E tenta, do fundo da alma, arrumar soluções a todos eles rapidamente. Nada parece ter mais o mesmo gosto, o mesmo cheiro. Sua respiração fica cada vez mais audível e você percebe que ela é umas das únicas coisas que você pode controlar. Coragem fica em segundo plano com tantas coisas na sua cabeça. O mundo parece menor. Você parece menor. Suas forças ficam menores. Então finalmente tudo é refletido num choro confuso e pertubado e você não sabe ao certo porque chora. Lágrimas que se tornam as suas escassas companheiras e quando o choro cessa, você percebe que foi o único que se viu chorar e provavelmente vai ser o único a se ver novamente. A vontade de mudar tudo isso te leva a um mundo só seu, perfeito, sem problemas, que te desliga por minutos, talvez horas do mundo real. A vontade de chorar volta depois que você percebe que nada disso vai mudar agora, e o tempo vira o seu inimigo número um. Ai você chora novamente e de repente, você se vê só.

Um comentário:

Juana Santos disse...

só e sempre só; falte-me; falta-te; falta-nos a outra parte.