quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

E mantendo sempre o ritual de enxugar suas lágrimas, ele ia tocando a vida. Era engraçado o fato de sempre conseguir acordar feliz, de um jeito misterioso, esquecendo quase que por absoluto todos os erros, brigas, tristezas, do dia que se passou. E ele sempre que acordava se perguntava se isso era um atributo ou um defeito. Talvez fosse assim por pensar que a raiva só faz mal pra pessoa que a tem. Um modo muito bonito se de pensar, mais ao longo dos anos, tranformar qualquer tipo de rancor em indiferença só vai fazer mal pra seu juízo. Mesmo assim, acordava. E como um computador, reiniciava qualquer tipo de sentimento que sentiu. Mais sabia que só se pode firmar uma sensação numa pessoa se essa fosse diária e constante. Era assim que achava sobre o amor. Era assim que achava sobre o ódio. E eu concordo com ele.

2 comentários:

Um caso perdido. disse...

mesmo reiniciando o computador, se ele tiver um vírus, só vai resolver o problema por algumas horas. depois disso, volta a dar pane, se brincar mais violentas do que antes. e, de tanto reiniciar, talvez esse computador precise ir prum conserto. e nem sempre ele volta...
reiniciar demais um computador, faz mal (:

Claudinha Santos disse...

"Muitas coisas agente guarda pra sempre e por mais que perdoe, pode nunca mais conseguir esquecer. Mas se tem a oportunidade de "reiniciar", por que não?
Faça-o de acordo com a sua vontade e o que os outros veêm é o que os outros veêm. Corra o risco de sofrer uma "pane"... Que graça a vida teria se fosse tudo perfeito (é o que nós queríamos).
E se fosse tudo perfeito tenho certeza que pediríamos que fosse diferente.

•Clαudinha Santos•